domingo, 18 de agosto de 2013

Resistência x Falha


Eu não sei o que acontece, mas acho que a internet anda atrapalhando mais do que ajudando... Há um tempo atrás um “facefriend” meu publicou: tudo sobre o supino, sensacional, leiam. Ok, como vejo tudo, resolvi ler. Tratava-se de um artigo de um professor, muito bom, pensei eu, ai comecei. O cara fez uma análise cinesiológica de todo o movimento, o que costuma impressionar as pessoas que não estão acostumadas a ler livros científicos ,ou didaticos, assim, ombros passam a ser chamados de conjunto gleno-umeral, etc... e daí blá ,blá, blá e resultado: o supino deve ser feito abaixando a barra no meio do peito, BINGO!!! Descobriu a América!! Nenhuma dica, nada de sensacional, só não perdi meu tempo, porque, tenho um bom post, falar sobre o que não se fala sobre o supino.
Eu todo preocupado com a segunda parte da entrevista da Priscila Nunes e um “aluno” , entre aspas, porque apenas o ensino a treinar e até já treinamos juntos, e isso é um defeito meu, pra mim todos são alunos, os que pagam ou não, começou a me mandar artigos discordantes dos meus métodos, e o pior todos embasados em muita, mas muita teoria absurda, mas para um leigo,isso pode levar à muita confusão !!! Eu comecei a responder e mostrar os erros dos artigos, até que me deparei com o seguinte, resumindo: “treinar até a falha nada mais é que treinar resistência, e isso não leva à hipertrofia” e ele, o autor, analisa isso pelo inchaço muscular no treinamento, dizendo que ele só ocorre com menor descanso entre as séries, maior velocidade, e para isso cargas leves. Vamos aos esclarecimentos: primeiro ponto – então quer dizer que vc não incha seus músculos com cargas elevadas? Segundo ponto- quem disse que treinar com menor descanso necessita de cargas leves? O que é uma carga leve? Terceiro ponto, o aumento de fluxo sanguíneo não depende só da velocidade do movimento, médias velocidades e até isometria podem gerar um fluxo sanguíneo até maior. Experimente fazer uma contração sem peso do seu bíceps e perceba suas veias enchendo... Agora a verdadeira confusão foi com o treino de resistência e o treino até a falha. O que difere um do outro é o numero de repetições e a carga utilizada, procure aqui no blog o protocolo do treino de resistência e vc verá a diferença. O treino de falha exige experiência para exatamente dimensionar e direcionar o tipo de treino que vc quer realizar, quando estou treinando um jogador de futebol, ou um corredor, vou dimensionar a carga para uma falha maior que 15 , quando estou treinando um fisiculturista vou dimensionar a carga, para que a falha ocorra entre 10 e 12 movimentos,se ele executar uma ou duas repetições a mais, não há problema, mas costumo não errar, rsrs. E isso é que vai fazer a diferença. Diferença essa que talvez o autor do artigo citado não saiba, vc vai utilizar uma carga correta para estimular a hipertrofia, dentro das condições do atleta, naquele momento, no off será uma no cut, outra.E vai treinar até a falha com a carga adequada, treinar até a falha, não significa de maneira alguma, usar cargas baixas. Então estudem aqui no meu blog, os protocolos de força, resistência e hipertrofia e pesquisem muito antes de tirarem a suas conclusões.